domingo, 4 de dezembro de 2016

Desemprego estrutural em Parauapebas



O TERRÍVEL SILENCIO SINDICAL SOBRE O DESEMPREGO






Comissão Emprego e Renda, soldador e trabalhador da construção civil



HÁ MAIS de três anos que Parauapebas amarga o desemprego, já estruturado. Nunca vimos uma campanha, uma atitude, qualquer movimento dos sindicatos de Parauapebas em direção a questão desemprego. Por que será?

Há muitas e muitas razões para tal silencio. Talvez a mais grave delas seja que algumas diretorias de sindicatos tenham até falsificado documentos para serem diretores. E ganharem cinco mil reais por mês, mais veículos, mais combustível, plano saúde e cesta básica. Podem acreditar, tem sindicato em Parauapebas que paga isso tudo a seus funcionários diretores.

Outros “líderes sindicais” estão há dezenas de anos na diretoria e não abrem mão. Um debate a favor dos trabalhadores causaria um movimento, uma perda de silencio que não convém. Poderia desencadear um movimento que não interessa a essas diretorias.

Na crise de 2011 cujas paradas na portaria alimentaram nossa tese de fim do pacto de emprego na região de Carajás, percebemos o quanto as diretorias de sindicatos local estavam devassadas. O movimento foi iniciado pelos peões, com os sindicatos chegando depois.

Recentemente procuramos vários sindicatos para articularmos um movimento, debates, busca de articulação que ao menos mitigasse a dor do desemprego e a saída massiva de trabalhadores da cidade. Ninguém se interessou.

A brutalidade da diretoria do Sindiclepemp em relação a qualquer ação é assustadora. Tamanha é a ignorância do seu presidente que fica totalmente impossibilitado qualquer diálogo construtivo. Os sindicato, que paga altos salários a sua diretoria, não quer conversa, não quer mudança. O desemprego é satisfatório. 

Não vemos sindicalistas na frente das firmas ou da bolsa de empregos da prefeitura.

A ação nefasta do Metabase na última negociação salarial com a predadora e a intensa desfiliação pela cobrança absurda de até 6% sobre os salários já comprimidos pela inflação e arrocho, demonstram claramente o que a massa trabalhadores tem e pode esperar desses sindicatos pelegos da cidade e região.

Aliás, atitude pelega que tem dado resultado a seus atores: o desemprego não atinge essas pessoas.

Agora a baixa arrecadação sim.  Sem trabalhadores não há contribuição.

A articulação da Comissão de Emprego e Renda Alternativa, iniciada em 2016 ainda não vingou. Vamos ver se agora, esse pessoal continue mobilizando e consiga lançar movimento sobre os patrões e quem gera empregos.  A melhor saída pode deixar de ser a rodoviária.

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