quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Somos uma nação negra



Mais da metade da população brasileira se autodeclara como preta e parda
Igualdade
Desde 2003, o Dia da Consciência Negra no País lembra a história de Zumbi e o combate ao racismo
publicado: 20/11/2017 15h57 última modificação: 20/11/2017 17h09 













Em 20 de novembro de 1695, morria Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra à escravidão durante o período colonial. Desde 2003, a data é celebrada como o Dia Nacional da Consciência Negra, para manter viva a história de Zumbi e da população negra brasileira e fortalecer o combate ao racismo.
Atualmente, mais da metade (54%) da população do Brasil se autodeclara como preta e parda, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, o preconceito ainda é uma realidade no País.

“Hoje, principalmente, é um dia de nós realmente contarmos a história do negro no Brasil. Temos vários líderes negros e negras que realmente se sacrificaram para que nós pudéssemos discutir essas questões ligadas à importância da luta contra o racismo”, afirmou o secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo, no programa Por Dentro do Governo. “O dia 20 é para isso: para mostrarmos a necessidade de enfrentar o racismo através de políticas públicas, ações governamentais e também da sociedade civil”, completou.

Serra da Barriga
Em 11 de novembro, a região da Serra da Barriga (AL), que abrigava o Quilombo dos Palmares, recebeu o título de Patrimônio Cultural do Mercosul. Dessa forma, o Brasil se compromete com a preservação e a promoção do local. Segundo a Fundação Palmares, são planejadas melhorias junto à Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e à Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, para incrementar o turismo na região. 

“Queremos capacitar guias para contar essa história tão rica e promover atividades constantes que atraiam visitantes a este lugar. Pretendemos transformar a Serra da Barriga em um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil”, garantiu o presidente da Fundação Cultural Palmares, Erivaldo Oliveira.

Atualmente, mais de 2,9 mil quilombos são certificados pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. Os territórios quilombolas não podem ser desmembrados nem vendidos, para serem preservados. 

 Divulgação/Fundação Cultural Palmares
Muxima de Palmares, no Quilombo dos Palmares, homenageia os comandantes da comunidade
Fonte: Governo do Brasil, com informações do IBGE, da EBC, da Fundação Cultural Palmares, do Governo de Alagoas
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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Preços abusivos!



Tarifa de energia deve ficar no patamar 2, se escassez de chuva continuar
  • 20/10/2017 16h13
  • Brasília
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil



Aneel: tendência é ser mantida em novembro bandeira vermelha patamar 2    Arquivo/ABr

Se o cenário hidrológico permanecer desfavorável, com o registro de chuvas abaixo da média histórica, a tarifa elétrica em novembro poderá permanecer no patamar2, que adiciona R$ 3,50, a cada quilowatt-hora (Kwh) consumido.

“A continuar com o desenho que temos até agora, aponta-se para a manutenção da bandeira vermelha patamar 2”, disse hoje (20) o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

O assunto será tema da reunião da agência na próxima terça-feira (24). Na ocasião, a agência deverá lançar uma consulta pública para discutir a metodologia de acionamento das bandeiras, que, atualmente se baseia no valor do Custo Marginal de Operação (CMO) para o próximo mês.

Isso significa que, se houver um grande volume de chuva nos próximos dias, o modelo toma essa precipitação para constituir o valor futuro, mesmo que as chuvas diminuam.
A Aneel avalia a possibilidade de que também seja considerado o nível de armazenamento dos reservatórios no cálculo da tarifa. Se a fórmula que será debatida estivesse em vigor, a agência poderia ter acionado antes as bandeiras amarela e/ou vermelha durante o período seco, quando já se esperava uma hidrologia desfavorável e diminuição acima da média do volume dos reservatórios.

Na quinta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) disse que vai reforçar o pedido para a Petrobras para “viabilizar” combustível para as termelétricas operacionalmente disponíveis, mas que estão paradas por falta do insumo. No início do mês, diante da previsão de que o armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas fique abaixo do verificado em 2014, ano mais crítico do histórico recente, o comitê já havia decidido acionar a petrolífera para fornecer combustível para algumas termelétricas movidas a gás.

Por conta do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o governo tem que acionar as usinas térmicas para garantir o fornecimento de energia. Na reunião, o comitê reiterou que não há risco de desabastecimento de energia e, após análise de custos e benefícios, o voltou a descartar o acionamento das usinas termelétricas mais caras, cujo custo está acima do preço da energia no mercado à vista, o chamado "despacho fora da ordem de mérito".

Com essa decisão, permanecerão desligadas as térmicas cujo custo da energia supera o preço no mercado de curto prazo. O tema, entretanto, será debatido novamente na próxima semana. Além disso, o comitê também reiterou, se necessário, o aumento da importação de energia elétrica da Argentina e do Uruguai “na medida em que for possível”.

De acordo com o comitê, o cenário hidrológico para os próximos sete dias tem previsão de “anomalias negativas de precipitação na região central do Brasil”, área de abrangência das bacias de maior relevância para a geração de energia elétrica e de precipitação acima da média no extremo Sul, o que aponta para um atraso na transição para o período úmido em relação ao histórico de chuvas.
Edição: Nádia Franco