quinta-feira, 3 de junho de 2021

ocupação das UTI chega a 100% em três capitais .

 Demanda dispara e ocupação de UTI para Covid-19 chega a 100% em três capitais


Demanda dispara e ocupação de UTI para Covid-19 chega a 100% em três capitais


Curitiba, Campo Grande e Aracaju enfrentam um cenário de colapso no sistema de saúde pública, com ocupação igual ou superior a 100% dos leitos, e registram filas de pacientes infectados com o coronavírus aguardando por uma vaga de terapia intensiva

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em tendência de alta, a demanda por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19 cresceu ao longo da última semana, e a ocupação chegou a 100% em três capitais nesta segunda-feira (31).

Curitiba, Campo Grande e Aracaju enfrentam um cenário de colapso no sistema de saúde pública, com ocupação igual ou superior a 100% dos leitos, e registram filas de pacientes infectados com o coronavírus aguardando por uma vaga de terapia intensiva.

Ao todo, são dez capitais com ocupação de leitos acima de 90%, sendo que em oito delas mais de 95% das vagas disponíveis estão ocupadas. Na maior parte dos casos, os leitos disponíveis são os que vagaram recentemente e ainda estão sendo preparados para receber novos pacientes. Há capitais em cenário crítico em todas as cinco regiões do país.
Dentre os estados do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso inspiram maior preocupação, mas também há tendência de alta na demanda por leitos em Goiás.

Apesar de ser o estado com a mais alta taxa de vacinação do país, com 29% da população que já recebeu a primeira dose, Mato Grosso do Sul está com os hospitais superlotados e criou vagas improvisadas de atendimento, chegando a 105% de ocupação de UTIs.

De acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Resende, o quadro crítico é fruto das aglomerações, festas clandestinas e do fato de parte da população ter deixado de usar máscaras. "Infelizmente, somos o estado onde há menor cooperação das pessoas", afirmou.

Diante do cenário, prefeitos de mais de 60 cidades sul-mato-grossenses estudam implantar medidas mais duras de combate à pandemia durante o feriado de Corpus Christi, como toque de recolher entre 20h e 5h, barreiras sanitárias, proibição de consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e suspensão da operação dos ônibus intermunicipais.

Na capital, Campo Grande, os hospitais estão lotados e já há mais pacientes internados em UTIs do que leitos disponíveis, fazendo a ocupação chegar a 101%. Há 124 pessoas aguardando na fila de espera.

Em Mato Grosso, o percentual de leitos ocupados subiu de 87% para 95%. Em Cuiabá, embora não haja pessoas na fila de espera por leitos, a ocupação chegou a 97%.

Segundo boletim do governo do estado, 25 municípios registram classificação de risco muito alto para contaminação do coronavírus e 116 cidades, risco alto. Nenhum município foi classificado com risco moderado ou baixo.

Goiás também acendeu o sinal de alerta: o índice de ocupação subiu de 85% para 89% ao longo da última semana, mesmo com o incremento de mais leitos.

No Distrito Federal, a taxa de ocupação teve leve queda em relação à última semana -passou de 95% para 84%. O total, porém, tem tido oscilações. O volume é calculado com base no número de leitos em operação no momento.

Mesmo com o cenário crítico, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal foram escolhidos para sediar jogos da Copa América de futebol, que deve ser realizada neste mês no Brasil.

Na região sul, Curitiba é a capital que enfrenta mais pressão por leitos nas últimas semanas. Menos de dois meses após flexibilizar regras de circulação, a capital paranaense retornou no sábado (29) à bandeira vermelha, permitindo o funcionamento total apenas de serviços essenciais.

A maior parte do comércio pode atender apenas com entrega e retirada. Nesta terça-feira (1º), houve protestos de empresários contra a medida.

Com 104% de UTIs ocupadas, a prefeitura da capital transformou Unidades de Pronto-Atendimento em locais de internamento de pacientes com Covid-19. A fila de espera tem 214 pacientes. Em todo o estado, a taxa chegou a 95%, com quase 700 doentes aguardando por uma UTI.

Mesmo com as restrições e o cenário crítico, nesta segunda-feira (31), a Polícia Rodoviária Federal fez um evento de posse do novo superintendente com registros de abraços e cumprimentos e participação de vice-governador Darci Piana (PSD) e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

A prefeitura informou que os atos inerentes ao exercício dos serviços públicos federais são essenciais, mas destacou que não foi informada sobre o evento para poder atestar o devido cumprimento das medidas sanitárias. A PRF afirmou que a solenidade foi fechada ao público externo e que apenas 15% do espaço para 250 pessoas foi ocupado.

O quadro também é grave na maioria das capitais dos estados do Nordeste, com destaque para Aracaju, Recife, Natal, São Luís e Fortaleza, todas com ocupação acima de 90% dos leitos de UTI.

A pressão por leitos preocupa as autoridades locais, sobretudo porque o mês de junho é marcado pelos festejos juninos. Mesmo com a proibição de festas e eventos, os estados da região registraram um pico de casos no ano passado após o período do São João.

Em Aracaju, 100% das 116 UTIs públicas estavam lotadas nesta segunda-feira. Tanto a capital quanto o estado de Sergipe estão em situação crítica desde o fim de abril. A lista de unidades de saúde com fila de espera aumentou em cidades do interior e do litoral e agora inclui até um Caps (Centro de Atenção Psicossocial).

Também houve avanço na ocupação de leitos no Maranhão, que passou de 75% para 83%, especialmente na Grande Ilha, que inclui a capital. Em São Luís, o percentual de leitos para pacientes graves ocupados subiu de 95% para 98%.

O Maranhão foi o primeiro estado no país a registrar casos da variante indiana do coronavírus. Para evitar transmissão local, há monitoramento de possíveis contaminações e reforço na imunização, com cerca de 300 mil doses extra de vacina enviadas pelo Ministério da Saúde.

Em Pernambuco, a situação permanece crítica. O estado tem 98% das vagas de UTI para Covid-19 ocupadas. Há 1.691 doentes graves recebendo cuidados intensivos. É o maior número desde o início da pandemia.

O cenário da pandemia também se agravou em Fortaleza. A taxa de ocupação de UTIs na rede pública pulou de 89% para 94% em uma semana.

No Rio Grande Norte, a taxa de ocupação de leitos chegou a 98%, com seis leitos disponíveis e 91 pessoas à espera de vagas em UTI -a contagem desconsidera leitos bloqueados, que não podem ser usados. Na Grande Natal, a taxa de ocupação também era de 98%.

Estados como Bahia, Piauí, Paraíba e Alagoas ainda não chegaram ao patamar de 90% dos leitos para pacientes graves, mas seguem em tendência de alta.
Alagoas apresentou uma piora significativa. Depois de três meses, com taxa de ocupação de UTIs abaixo de 90%, o índice desta segunda-feira chegou a 92%.

Dentre as capitais do Sudeste, o Rio de Janeiro enfrenta o pior cenário, com a ocupação de UTIs acima de 90% há ao menos três meses, chegando a 95% nesta segunda-feira. Apesar disso, o prefeito Eduardo Paes (PSD) liberou rodas de samba, reduziu o espaço exigido entre mesas e extinguiu horário limite para música ao vivo em estabelecimentos.

Na cidade de São Paulo, a situação também é de alerta: 81% dos leitos para pacientes graves estão ocupados. A capital conta com 1.371 leitos de UTI, e 1.321 de enfermaria para Covid-19.

Atualmente, seis hospitais operam com taxa de ocupação em 100%: Arthur Ribeiro de Saboya, Carmen Prudente, Vereador José Storópolli, Cruz Vermelha, Santa Casa de Santo Amaro e Santa Marcelina -os últimos três contratualizados. Nos últimos dias, o município recebeu 347 respiradores e 250 monitores, o que possibilitará a ampliação de mais 250 leitos de UTI.

 Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1810237/demanda-dispara-e-ocupacao-de-uti-para-covid-19-chega-a-100-em-tres-capitais

sexta-feira, 28 de maio de 2021

prefeitura de são Paulo vai exigir comprovante de residência para vacinar .

 Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral.Capital exige comprovante de residência para vacinar contra covid-19

A partir de hoje (28) os moradores da capital paulista elegíveis para receber a imunização contra covid-19 precisarão mostrar um comprovante de residência quando forem tomar a primeira dose da vacina.  A medida foi adotada pela prefeitura porque a faixa etária está diminuindo progressivamente e as doses dos imunizantes são contabilizadas pelo Ministério da Saúde e o Governo do Estado.

"Daqui para frente, os grupos prioritários que serão vacinados têm grande quantidade de pessoas. A partir desta sexta-feira serão mais de 200 mil pessoas. A faixa etária está diminuindo progressivamente, são pessoas que, diferente de idosos, se deslocam com maior facilidade, portanto, é natural que a cidade de São Paulo, que tem uma estrutura de vacinação muito grande, atraia pessoas se desloquem para cá”, disse o secretário municipal de São Paulo, Edson Aparecido.

Segundo a prefeitura, se o comprovante estiver no nome de algum parente, será necessário demonstrar o grau de parentesco. As pessoas que já tomaram a primeira dose, não precisam mostrar o comprovante para a segunda etapa de vacinação. O secretário enfatizou que a cidade de São Paulo era a única que ainda não pedia o comprovante.

A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é a de que as pessoas se dirijam aos postos de vacinação gradualmente, para evitar aglomerações e que façam o pré-cadastro no site Vacina Já para agilizar o tempo de atendimento. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço completo, telefone e data de nascimento para concluir o cadastro.

Edição: Valéria Aguiar

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quarta-feira, 26 de maio de 2021

campanha de DNA para encontra desaparecidos ideia do governo!

 O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, durante o lançamento da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas.Governo lança campanha de DNA para encontrar pessoas desaparecidas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou, hoje (25), uma campanha para coletar, voluntariamente, material genético de parentes de pessoas desaparecidas em todo o país. O objetivo é abastecer o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, por meio de exames biológicos, auxiliar na eventual identificação de desaparecidos. Segundo o ministério, cerca de 80 mil pessoas desaparecem no Brasil todos os anos.

O anúncio de lançamento da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas acontece no dia em que se celebra o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, mas as ações propriamente ditas ocorrerão entre 14 e 18 de junho, em todo o território brasileiro, em locais que serão anunciados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública.

Parentes de pessoas desaparecidas, preferencialmente de primeiro grau (pai e mãe, filhos, irmãos) ou pessoas com quem a desaparecida tenha tido filhos, serão incentivadas a fornecerem mostras do próprio material genético, que é obtido de forma indolor. Familiares e pessoas próximas também podem entregar itens pessoais pertencentes à pessoa desaparecida, tais como escova de dentes ou cabelo; óculos, aparelho ortodôntico; dente de leite; aparelho de barbear; aliança e outros objetos nos quais os técnicos possam encontrar material genético.

Criado em 2013, com o objetivo principal de auxiliar investigações criminais por meio da perícia de material genético, o Banco Nacional de Perfis Genéticos conta com menos de 3 mil amostras cadastradas de material genético de parentes de pessoas desaparecidas. De acordo com o ministério, o uso da tecnologia de ponta pode ajudar na localização por meio da identificação de vínculo genético de pessoas encontradas com as cadastradas no banco nacional.

“O lançamento desta campanha, esta coleta [de material genético], são fundamentais e vai ajudar, mas não basta”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, durante cerimônia realizada esta manhã, na sede do ministério, em Brasília. “Não temos mais tempo a perder. A sociedade nos cobra uma atitude em relação às pessoas desaparecidas, em especial às crianças. De certa forma, é uma omissão do Estado não se fazer presente e não ajudar a buscar estas pessoas, estas crianças, e buscar minimizar o sofrimento”, acrescentou o ministro, admitindo que o Estado precisa ser mais “proativo”, inclusive para orientar os profissionais da segurança pública de todo o país a lidarem de forma adequada com o problema.

Comitê gestor

Além do lançamento da campanha, durante a cerimônia foi instalado o Comitê Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Instituído por decreto em fevereiro deste ano, o órgão integrará a estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas será composto também por representantes dos ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos; Cidadania e Saúde, além de integrantes indicados pelo Poder Judiciário, Ministério e Defensoria Públicos, peritos criminais, Conselhos Tutelares, Conselhos de Direitos Humanos e sociedade civil.

Entre as competências do comitê destacam-se o monitoramento à implementação da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e o fomento à cooperação entre o governo federal, estados, Distrito Federal e municípios para o mapeamento e prevenção e busca de pessoas desaparecidas. O comitê também atuará no desenvolvimento de estudos, debates e pesquisa sobre o tema, podendo apresentar propostas de edição e de alteração de atos legislativos e normativos.

Ao discursar, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que o Brasil não sabe ao certo quantas crianças desaparecem no país anualmente. Fato que ela classificou como um “absurdo”.

 

Ministra Damares Alves diz que o país não sabe quantas crianças desaparecem por ano - Marcelo Camargo/Agência Brasil

“A primeira coisa que vamos fazer é descobrir quantas crianças estão desaparecendo, de fato, no Brasil. Só na Ilha do Marajó [MA], todos os anos, 1,5 mil crianças nascem e não são registradas. Imaginem em todo o país. Como vamos saber quantas estão desaparecendo no Brasil se não sabemos ao certo nem quantas estão nascendo”, comentou a ministra, afirmando que o país não pode mais “fechar os olhos” para “algo tão sério”.

“Ou a gente entende que as crianças estão em risco no Brasil, ou a gente entende que elas estão em perigo no país. Não dá mais para ficar apenas fazendo discursos bonitos, criar grupos de trabalho ou apresentar excelentes propostas legislativas que ficam anos tramitando”, declarou a ministra, acrescentando que "eu sei, mas, hoje, não tenho muito o que celebrar.”

Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-05/governo-lanca-campanha-de-dna-para-encontrar-pessoas-desaparecidas

sexta-feira, 21 de maio de 2021

como será a super bolha nas olimpíadas.

 Eventos-teste mostram como será a superbolha anticovid da Olimpíada

Eventos-teste mostram como será a superbolha anticovid da Olimpíada

A ideia é que a Olimpíada seja disputada em uma espécie de "bolha" com os atletas isolados do restante da cidade

Exames diários para detectar o novo coronavírus, arquibancadas vazias, refeições apenas dentro do quarto do hotel, monitoramento para pegar o elevador, aplicativo de controle de localização... essa foi a rotina de brasileiros que participaram de eventos-teste em Tóquio nos últimos dias e que já foi encarada por uma prévia da realidade que os competidores terão nos Jogos Olímpicos, a partir de 23 de julho. A ideia é que a Olimpíada seja disputada em uma espécie de "bolha" com os atletas isolados do restante da cidade.

"Fizemos os testes de saliva todos os dias e não podíamos sair do nosso andar no hotel nem aglomerar nos quartos. Acredito que tudo tenha sido uma espécie de ensaio para a Olimpíada. O esquema de controle para evitar a disseminação do vírus estava muito bem organizado, tudo certinho", conta Kawan Pereira, que participou no início do mês da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, evento Pré-Olímpico da modalidade, e garantiu vaga nos Jogos de Tóquio.

Os atletas só estavam autorizados a sair do quarto do hotel para buscar as refeições no corredor e eram obrigados a fazer todas as refeições dentro do dormitório. Quando tinham que se deslocar para treinar ou competir, havia uma pessoa que ficava na frente do elevador e era a responsável por, via rádio, comunicar a recepção do hotel sobre a movimentação dos hóspedes.

Na verdade, os rígidos protocolos de controle da covid-19 começaram bem antes do desembarque no Japão. "14 dias antes da viagem, tivemos de baixar um aplicativo e preencher todos os dias a temperatura, se tinha algum sintoma, se teve contato com alguém que testou positivo e se fez alguma viagem ou saiu para algum local. Lá no aeroporto no Japão, eles também pedem para a gente baixar um outro aplicativo para mandar a nossa localização e fazem uma ligação de vídeo pelo WhatsApp para o caso de precisarem entrar em contato. A gente também recebeu e-mail todos os dias perguntando se você ou alguém que está com você teve algum sintoma", recorda Pedro Ivo Almeida, fisioterapeuta da seleção brasileira de saltos ornamentais, que fez parte da delegação que esteve no Japão.

Durante as duas semanas em que a equipe brasileira participou da Copa do Mundo em Tóquio, ninguém testou positivo. "O que mais chamou atenção foi o teste no qual você depositava a saliva em um pote. Assim que chegamos no aeroporto já tivemos de fazer. É um teste que não tem nenhum tipo de desconforto em comparação, por exemplo, com o PCR (quando um bastão é inserido em uma das narinas). Para quem é testado todo os dias, é um conforto a mais. É mais prático e rápido", diz Isaac Souza. O saltador conquistou vaga para os Jogos no evento em Tóquio, mas na semana passada a Federação Internacional de Natação (Fina) alterou as regras e comunicou a sua desclassificação. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) ainda tenta reverter a decisão.

Sem exceção, a rotina dos integrantes da delegação brasileira se limitava ao quarto de hotel e as piscina do moderno Parque Aquático de Tóquio, estrutura construída especialmente para os Jogos ao custo de 56,7 bilhões de ienes (R$ 2,6 bilhões). Localizado na baía de Tóquio, o espaço tem capacidade para 15 mil espectadores e receberá provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais. Uma de suas peculiaridades é uma parede modular que permite transformar a piscina principal de 50 metros em duas separadas de 25 metros cada. A profundidade das piscinas também pode ser alterada.

"O Parque Aquático é excelente, não tem do que reclamar. A plataforma é muito boa. A piscina é aquecida e o local é fechado e climatizado. Não existem interferências externas, como vento e chuva", analisa Isaac. Até mesmo dentro do Parque Aquático, no entanto, a circulação de atletas, integrantes das comissões técnicas e funcionários foi rigidamente controlada para minimizar o contato e maximizar a distância física.

Tóquio tem realizado nos últimos dias eventos-teste de atletismo, vôlei, ginástica artística, basquete 3 x 3, natação e ciclismo, para avaliar as instalações das arenas e, principalmente, os protocolos sanitários. De acordo com os organizadores, mais de 700 atletas e 6 mil funcionários participaram dos eventos-teste. Nenhum caso positivo foi detectado durante o período de competição. O único registro de covid-19 foi de um técnico que participaria da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais e testou positivo na chegada ao aeroporto de Tóquio. Ele foi colocado em isolamento para cumprir quarentena.

Para os Jogos Olímpicos, o Comitê Organizador ainda não decidiu se será permitida ou não a presença de público nas arenas. O que já está certo é que torcedores e voluntários estrangeiros estão vetados.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/esporte/1806385/eventos-teste-mostram-como-sera-a-superbolha-anticovid-da-olimpiada-de-toquio

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Lula será presidente em 2022 em entrevista .

 

Lula admite que será candidato em 2022 em entrevista à revista francesaLula admite que será candidato em 2022 em entrevista à revista francesa

"Serei candidato contra Bolsonaro", disse Lula à revista francesa Paris Match

ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou pela primeira vez que é pré-candidato à eleição de 2022 após ter recuperado os direitos políticos por decisão do Supremo Tribunal Federal. "Serei candidato contra Bolsonaro", disse Lula à revista francesa Paris Match.

"Se estiver na melhor posição para ganhar as eleições e estiver com boa saúde, sim, não hesitarei", disse o ex-presidente, questionado se será candidato no ano que vem. "Penso que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação entre países do Hemisfério Sul e demonstrar que o predomínio geopolítico do Norte não era imutável."

Na terça-feira, Lula usou o Twitter para fazer afagos ao Centrão e até fazer comentários elogiosos sobre adversários políticos, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).

Também falou de bandeiras que defende para o Brasil, mas ainda sem citar uma eventual candidatura.

"Semana passada em Brasília falei com mais de 60 políticos, de vários partidos. Semana que vem vou conversar com os movimentos sociais, intelectuais e com o movimento sindical. Quero conversar muito. Quem faz política conversa. Dono da verdade, carrancudo, não serve para política", escreveu o ex-presidente.

Em abril, o STF decidiu derrubar as condenações impostas pela Operação Lava Jato ao ex-presidente. O plenário manteve a decisão do relator da Lava Jato, Edson Fachin, que considerou no mês passado que a Justiça Federal de Curitiba não era competente para investigar Lula, já que as acusações levantadas contra o ex-presidente não diziam respeito diretamente ao esquema bilionário de corrupção na Petrobras investigado pela operação.

Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/1805969/lula-admite-que-sera-candidato-em-2022-em-entrevista-a-revista-francesa

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Guerra contra o inimigo errado : nao e só plástico no meio ambiente .

 Guerra contra o plástico está distraindo mundo de ameaças mais urgentes, alertam especialistas

Guerra contra o plástico está nos distraindo de ameaças mais urgentes, alertam especialistas

Guerra contra inimigo errado

Uma equipe de importantes especialistas ambientais lançou um alerta de que a "guerra contra os plásticos" sendo atualmente travada no mundo todo está eclipsando ameaças muito maiores ao meio ambiente.

O painel de 13 especialistas afirma que, embora os resíduos de plástico sejam de fato um problema, sua proeminência na preocupação da mídia e do público em geral com o meio ambiente está ofuscando ameaças maiores como, por exemplo, as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade.

O argumento é que muito do discurso em torno dos resíduos plásticos é baseado em dados que nem sempre são representativos dos ambientes que foram amostrados - por exemplo, recentemente se comprovou que não há tanto plástico nos oceanos quanto se temia.

Os autores alertam que a poluição do plástico passou a dominar a preocupação do público com o meio ambiente e tem sido explorada politicamente, por exemplo, por meio de imagens emotivas da vida selvagem envolvida com lixo plástico e de manchetes alarmistas.

E isto é sério porque a aversão da população ao plástico pode encorajar o uso de materiais alternativos que têm efeitos potencialmente mais nocivos, algo que já aconteceu no caso dos gases projetados para salvar a camada de ozônio e que agora ameaçam o clima, e das lâmpadas fluorescentes compactas, que disseminaram o mercúrio por todo o planeta.

 Alternativas que pioram as coisas

A equipe destaca que o plástico não é o único tipo de material poluente oriundo da atividade humana que contamina o meio ambiente. Outros exemplos incluem as fibras têxteis naturais, como algodão e lã, partículas carbonáceas esferoidais (restos de combustíveis fósseis) e partículas de desgaste dos freios de veículos - todas presentes em locais diferentes, onde podem ter efeitos ambientais adversos.

Esses materiais são frequentemente muito mais abundantes do que os microplásticos e alguns, como vidro, alumínio, papel e fibras naturais, estão associados a "plásticos alternativos" que são comercializadas como soluções para a poluição do plástico tradicional, mas na realidade são um passo para o lado, que não muda as práticas de consumo que estão na raiz do problema. Os impactos ecotoxicológicos de alguns desses materiais são menos conhecidos do que a poluição por plásticos e microplásticos, mas podem ter impactos significativos, diz a equipe.

Os autores do artigo apelam à mídia para garantir que as realidades da poluição do plástico não sejam deturpadas, particularmente na divulgação pública do problema, e exortam os governos a minimizar o impacto ambiental do consumo excessivo, por mais inconveniente que seja, por meio do projeto dos produtos, e da gestão de resíduos verdadeiramente circular.

"Estamos vendo um engajamento sem precedentes por parte do público com as questões ambientais, particularmente a poluição do plástico, e acreditamos que isso representa uma oportunidade em uma geração para promover outras questões ambientais potencialmente maiores. Este é um momento chave para destacar e abordar áreas como a 'cultura de jogar fora' da sociedade e reformular a gestão dos resíduos. Porém, se continuarmos a priorizar o plástico, essa oportunidade será perdida - e com grande custo para o nosso meio ambiente," ressaltou o professor Tom Stanton, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.

Noticias:inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=guerra-contra-plastico-esta-distraindo-mundo-ameacas-mais-urgentes&id=010125201119#.X-t1bdhKg2w

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Pandemia aumenta pratica esportiva

 


Apesar de pandemia, rede social mostra aumento na prática esportiva

O relatório compilou dados dos cerca de 73 milhões de usuários da plataforma no mundo

OStrava, rede social voltada ao esporte, divulgou nesta quarta-feira (16) um balanço sobre a prática de exercícios físicos no mundo ao longo de 2020. O relatório compilou dados dos cerca de 73 milhões de usuários da plataforma no mundo e concluiu que, apesar da pandemia do novo coronavírus (covid-19), houve aumento de 13,3% na frequência de treinamento e de 14,7% no tempo médio voltado às atividades, na comparação com o ano passado.

Gerente do Strava no Brasil, Rosana Fortes avalia que o treino indoor (dentro em casa), saída encontrada pelos esportistas para manter a rotina em meio às restrições da quarentena, é uma das explicações. O relatório indica que as atividades caseiras foram realizadas 2,2 vezes mais que em 2019, atrás somente das caminhadas ao ar livre (que cresceram três vezes). Outros exercícios indoor, como pedaladas (1,7 vez mais) e corridas (1,3 vez mais) também se destacaram.

“É muito diferente pedalar e correr ao ar livre e dentro de casa, em uma esteira ou rolo [de bicicleta]. Mas vimos vários atletas se desafiando. Houve um tempo, entre maio e junho, trazendo para a realidade do Brasil, em que eles ainda achavam que as primeiras competições adiadas voltariam em dois ou três meses. Por exemplo: antes de passar para 2021, o Ironman Florianópolis [prova de triatlo] tinha sido postergado em alguns meses para frente. Então, eles precisariam se manter ativos até lá. Como se adaptar? Por isso, acho que vimos esse ganho de carga e minutos de treino”, comenta.

Ainda segundo o balanço, em países onde o confinamento foi mais rigoroso no ápice da pandemia (entre março e maio), o crescimento dos treinos indoor variou de 2,5 a quase quatro vezes mais que no ano passado. O triatleta mineiro Thiago Vinhal vivenciou o lockdown na Espanha, onde estava com seu técnico e sua esposa, que é campeã mundial da modalidade e especialista em nutrição esportiva. Sob os olhares da dupla, teve que se adaptar à nova rotina.

“Fui para lá [Espanha] para um camp [de treinos] e caí em um internato [risos]. Na conversa com o técnico, decidimos controlar o que desse para controlar. Sempre fui muito ruim no treino indoor, mas tive que realmente começar a fazê-lo. Não posso reclamar. Foi o olhar da mudança que me deu paz. Quando acabou o lockdown e os atletas profissionais puderam sair para treinar, tive a montanha inteira para aproveitar. Bati minhas marcas pessoais, recordes de potência na subida, de natação, de corrida”, conta Vinhal.

“Outra coisa que observamos é que alguns hábitos adquiridos na pandemia, de treino indoor, creio que serão mantidos. Muitos atletas profissionais tinham pavor de fazer bicicleta indoor, mas vimos que vários deles adotaram isso como um treino complementar, para um dia de trânsito ruim ou de chuva. O Pippo Garnero [ciclista campeão brasileiro] é um que pedalava pouco em casa, por morar perto de uma estrada, e adotou. O treino indoor, as aulas por meio de lives, chegaram para ficar. São novidades”, emenda Rosana.

O relatório identificou que o crescimento foi impulsionado pelas mulheres. Entre as atletas de 18 a 29 anos, o avanço no número médio de atividades foi de 45,2%. Ainda no universo feminino, o índice de aumento nas demais faixas etárias (30 a 39, 40 a 49, 50 a 59 e mais de 60) esteve sempre acima de 20%. O público masculino teve crescimento mais discreto, com destaque também à camada mais jovem (18 a 29 anos), que subiu 27,3%.

No recorte do Brasil, os dados são parecidos, com mulheres de 18 a 29 anos apresentando o maior aumento na média de atividades (43,8%). Entre os homens, a faixa etária também foi a de maior crescimento (30%) na comparação com 2019. Há de se considerar que, do ano passado para cá, cerca de três milhões de brasileiros aderiram à plataforma. O país tem cerca de 9,6 milhões de atletas na rede social, apenas superado pelos Estados Unidos (11 milhões) em número de usuários.

 “Vemos isso de maneira bem bacana e positiva. [A quarentena da pandemia] foi um momento difícil, com mulheres exercendo diversas funções em casa, muita exaustão, mas que não deixaram a peteca cair. Elas conseguiram tiraram o momento do dia para elas, por meio do esporte, para fazer uma bicicleta ou um funcional. Esse movimento aconteceu no mundo todo”, conclui a gerente do Strava.

 Noticias:https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1760844/apesar-de-pandemia-rede-social-mostra-aumento-na-pratica-esportiva