O TERRÍVEL SILENCIO
SINDICAL SOBRE O DESEMPREGO
Comissão Emprego e Renda, soldador e trabalhador da construção civil |
HÁ
MAIS de três anos que Parauapebas amarga o desemprego, já estruturado. Nunca vimos
uma campanha, uma atitude, qualquer movimento dos sindicatos de Parauapebas em
direção a questão desemprego. Por que será?
Há
muitas e muitas razões para tal silencio. Talvez a mais grave delas seja que
algumas diretorias de sindicatos tenham até falsificado documentos para serem diretores.
E ganharem cinco mil reais por mês, mais veículos, mais combustível, plano saúde
e cesta básica. Podem acreditar, tem sindicato em Parauapebas que paga isso
tudo a seus funcionários diretores.
Outros
“líderes sindicais” estão há dezenas de anos na diretoria e não abrem mão. Um debate
a favor dos trabalhadores causaria um movimento, uma perda de silencio que não convém.
Poderia desencadear um movimento que não interessa a essas diretorias.
Na
crise de 2011 cujas paradas na portaria alimentaram nossa tese de fim do pacto
de emprego na região de Carajás, percebemos o quanto as diretorias de
sindicatos local estavam devassadas. O movimento foi iniciado pelos peões, com
os sindicatos chegando depois.
Recentemente
procuramos vários sindicatos para articularmos um movimento, debates, busca de
articulação que ao menos mitigasse a dor do desemprego e a saída massiva de
trabalhadores da cidade. Ninguém se interessou.
A
brutalidade da diretoria do Sindiclepemp em relação a qualquer ação é
assustadora. Tamanha é a ignorância do seu presidente que fica totalmente impossibilitado
qualquer diálogo construtivo. Os sindicato, que paga altos salários a sua
diretoria, não quer conversa, não quer mudança. O desemprego é satisfatório.
Não
vemos sindicalistas na frente das firmas ou da bolsa de empregos da prefeitura.
A
ação nefasta do Metabase na última negociação salarial com a predadora e a intensa
desfiliação pela cobrança absurda de até 6% sobre os salários já comprimidos
pela inflação e arrocho, demonstram claramente o que a massa trabalhadores tem
e pode esperar desses sindicatos pelegos da cidade e região.
Aliás,
atitude pelega que tem dado resultado a seus atores: o desemprego não atinge
essas pessoas.
Agora
a baixa arrecadação sim. Sem trabalhadores
não há contribuição.
A
articulação da Comissão de Emprego e Renda Alternativa, iniciada em 2016 ainda não
vingou. Vamos ver se agora, esse pessoal continue mobilizando e consiga lançar
movimento sobre os patrões e quem gera empregos. A melhor saída pode deixar de ser a rodoviária.