ALIMENTO
ESTRAGADO
Uma
cidade bilionária sem segurança alimentar e sem vigilância sanitária. Os atores
políticos ainda pleiteiam reeleição.
VENDE-SE
comida estragada e envenenada. Vende-se comida cara, batatas a preço de file
mignon ou ouro. Assim é o cotidiano de Parauapebas, sul do Pará. No sopé da
maior mina de ferro do mundo a cidade bilionária, ainda sem governo, permite em
seu comercio toda sorte de atrocidades contra a população. Lonas amplas e
centrais vendem comida estragada à-vontade: chocolates, batatas, carnes,
feijão, linguiça, leite e doces.
Tudo
já compramos estragado e já denunciamos. E nada. Ninguém reclama, contesta ou
retruca. As vendas de alimentos estragados continua.
Nessa
alta criminosa e astuta do feijão paramos com seu consumo. Na ultima compra,
adquirimos este feijão das fotografias, ou este resto de feijão plantado e
colhido aqui mesmo e vendido ao preço, pasmem, de R$10,45. E praticamente
improprio para consumo, dada a estrema mistura com galhos, milho e pedras.
E o odor, fortíssimo odor de defensivo
agrícola, do veneno descontrolado usado nas lavouras das terras inférteis e de mineração
do sudeste paraense.
Terra
de gado e de minérios, praticamente não se tem produção agrícola. Cerca de
oitenta por cento do consumo alimentar de Parauapebas vem do sul e outras
regiões. A parca produção local é insuficiente em termos de qualidade e
segurança.
E
nada é feito. Estas batatas, vejam o preço e a quantidade. É chocante, na terra
do agronegócio os produtos oferecidos ao consumidor terem este aspecto,
qualidades, nível de contaminação e preços tão elevados.
Estamos abandonados no Pará. O resto da produção agrícola que chega até nós é terrível: ovos pequenos, já chegamos a comprar uma cartela inteira e encontrar dez, quinze ovos podres. Não temos a quem recorrer. Fica o prejuízo.