quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Papão, papão



Marca Paysandu é a segunda que mais cresce no futebol brasileiro: R$ 27 milhões
Aumento foi de 217% nos últimos cinco anos e só perde para a marca da Chapecoense. Papão espera colher os frutos da administração no futebol a médio e longo prazo






O Paysandu foi a segunda marca que mais cresceu no futebol brasileiro proporcionalmente nos últimos cinco anos, avaliada em R$ 27 milhões. O dado foi divulgado pela Consultoria BDO, através da 10ª edição da pesquisa Valor das Marcas e Finanças dos Clubes Brasileiros. Mais de 40 indicadores são levados em consideração para se chegar ao levantamento, com destaque para torcida, mercado e receita. 

Em 2013, a marca Paysandu tinha avaliação de R$ 8,5 milhões. O aumento foi de 217%. Nesse período, o clube paraense só ficou atrás da Chapecoense, com crescimento de 546%. Em 2017, o Papão também disputou a evolução com a Chape. Os catarinenses evoluíram em 96%, enquanto que os bicolores chegaram aos 49%. 

O Paysandu atingiu o patamar a partir da administração da Novos Rumos, grupo que está no comando Alviceleste desde 2013. De lá para cá, o clube aumentou a arrecadação com as cotas da Série B, sócio torcedor, marca própria e aumento do patrimônio, como a construção do hotel concentração e a aquisição do terreno do centro de treinamento. Além disso, o Lobo passou a investir mais em comunicação institucional, com ênfase nas redes sociais. 

– Esse resultado coincide com a evolução da administração do clube nos últimos cinco anos. Houve uma transição de gestão com a implementação da Novos Rumos. Somos um grupo de ideias novas. A partir do momento que deixamos de lado a visão antiga de cartola, passamos a ter o clube em primeiro lugar, assim também priorizando a responsabilidade fiscal. O trabalho de marketing também foi fundamental para esse resultado. Sábado teremos uma reunião de planejamento estratégico para estabelecermos objetivos de longo e médio prazo para o clube. A valorização da marca é o reflexo de todo esse trabalho – falou Ricardo Gluck Paul, vice-presidente de gestão do Paysandu, em entrevista ao GloboEsporte.com. 

Apesar do papel destacado no crescimento da marca Paysandu, a Novos Rumos ainda é muito criticada quanto ao departamento de futebol profissional, principalmente, no que tange às contratações de jogadores visando a briga pelo acesso à Série A. Ricardo Gluck Paul afirma que o Papão deve colher os resultados dentro de campo a médio e longo prazo. 

– O Paysandu vem conquistando bons resultados na última temporada com dois Campeonatos Paraense, uma Copa Verde e boas classificações na Série B do Brasileiro. Esse trabalho fora das quatro linhas também reflete dentro de campo. O resultado, de fato, só vai aparecer em médio e longo prazo, ou seja, o melhor ainda está por vir. Hoje o presidente trabalha não para colher frutos em sua gestão, mas sim nas próximas que virão. Por exemplo, temos a meta de ter o CT até 2020, e o presidente está trabalhando muito para isso. Antes algo parecido seria inimaginável, porque é comum ver apenas presidentes trabalhando para gerar resultando em suas gestões. Hoje a instituição está em primeiro lugar.