Marca
Paysandu é a segunda que mais cresce no futebol brasileiro: R$ 27 milhões
Aumento foi de 217% nos últimos cinco anos e só
perde para a marca da Chapecoense. Papão espera colher os frutos da
administração no futebol a médio e longo prazo
O Paysandu foi a segunda
marca que mais cresceu no futebol brasileiro proporcionalmente nos últimos
cinco anos, avaliada em R$ 27 milhões. O dado foi divulgado pela Consultoria
BDO, através da 10ª edição da pesquisa Valor das Marcas e Finanças dos Clubes
Brasileiros. Mais de 40 indicadores são levados em consideração para se chegar
ao levantamento, com destaque para torcida, mercado e receita.
Em 2013, a marca Paysandu tinha avaliação de
R$ 8,5 milhões. O aumento foi de 217%. Nesse período, o clube paraense só ficou
atrás da Chapecoense, com crescimento de 546%. Em 2017, o Papão também disputou
a evolução com a Chape. Os catarinenses evoluíram em 96%, enquanto que os
bicolores chegaram aos 49%.
O Paysandu atingiu o patamar a partir da
administração da Novos Rumos, grupo que está no comando Alviceleste desde 2013.
De lá para cá, o clube aumentou a arrecadação com as cotas da Série B, sócio
torcedor, marca própria e aumento do patrimônio, como a construção do hotel
concentração e a aquisição do terreno do centro de treinamento. Além disso, o
Lobo passou a investir mais em comunicação institucional, com ênfase nas redes
sociais.
– Esse resultado coincide com a evolução da
administração do clube nos últimos cinco anos. Houve uma transição de gestão
com a implementação da Novos Rumos. Somos um grupo de ideias novas. A partir do
momento que deixamos de lado a visão antiga de cartola, passamos a ter o clube
em primeiro lugar, assim também priorizando a responsabilidade fiscal. O
trabalho de marketing também foi fundamental para esse resultado. Sábado
teremos uma reunião de planejamento estratégico para estabelecermos objetivos
de longo e médio prazo para o clube. A valorização da marca é o reflexo de todo
esse trabalho – falou Ricardo Gluck Paul, vice-presidente de gestão do
Paysandu, em entrevista ao GloboEsporte.com.
Apesar do papel destacado no crescimento da
marca Paysandu, a Novos Rumos ainda é muito criticada quanto ao departamento de
futebol profissional, principalmente, no que tange às contratações de jogadores
visando a briga pelo acesso à Série A. Ricardo Gluck Paul afirma que o Papão
deve colher os resultados dentro de campo a médio e longo prazo.
– O Paysandu vem conquistando bons resultados
na última temporada com dois Campeonatos Paraense, uma Copa Verde e boas
classificações na Série B do Brasileiro. Esse trabalho fora das quatro linhas
também reflete dentro de campo. O resultado, de fato, só vai aparecer em médio
e longo prazo, ou seja, o melhor ainda está por vir. Hoje o presidente trabalha
não para colher frutos em sua gestão, mas sim nas próximas que virão. Por
exemplo, temos a meta de ter o CT até 2020, e o presidente está trabalhando muito
para isso. Antes algo parecido seria inimaginável, porque é comum ver apenas
presidentes trabalhando para gerar resultando em suas gestões. Hoje a
instituição está em primeiro lugar.