sexta-feira, 3 de maio de 2013

ATENDIMENTO MÉDICO AO TRABALHADOR: STA TEREZINHA



Saúde, artigo caro





Impressionante o descaso em que vivem os peões da VALE e suas empreiteiras aqui em Parauapebas. Este imenso exército industrial de reserva, bem como dizia Karl Marx e Friedrich Engels, precisa ser tratado a porrete e água para jamais esquecerem a quem deve obediência cega e por quem fizeram todas as renuncias de suas vidas. A questão hoje é a saúde dos peões.

Tilde esta há duas semanas  cagando sem parar. Debilitado, procura um medico do seu plano de saúde, HARPVIDA, e se dirige ao HOSPITAL STA TEREZINHA. Tentou por dois dias ser atendido no Hospital Municipal mas o tempo de espera, o despreparo do pessoal e a falta de materiais para os exames o fazem desistir e procurar o médico aceito pela mineradora. Sabedor que em nenhum caso o atendimento é grátis, pois trabalha por um salário vergonhoso para qualquer região do Brasil de hoje, é submetido a uma bateria de exames, a maior parte deles inúteis. A consulta inicial não dura sequer 10 minutos. O médico, clinico geral,  Sr.  Leonardo Ferreira de Carvalho, não olha para ele. Vai direto perguntando o que sente. Tira sua pressão rapidamente, e diz que é normal um homem de 23 anos, 1,80 e 60 quilos, manter a pressão em 10x8. Não o toca, não manda tirar a camisa, não pergunta nada. Manda fazer exames, com o fito interesse em ganhar dinheiro com os mesmos.

Aqui cabe uma ressalva. Para nos, como  CONSULTORIA, muito importante. Se os planos de saúde atendem as mesmas pessoas, porque não ter uma central medica comum? Assim o histórico de saúde dos peões poderia ser consultado em qualquer atendimento, independente do PLANO DE SAÚDE ou do hospital.  Sairia mais barato e teria um atendimento mais profissional, todos os trabalhadores da mina de ferro. Mas não, é cada um por si, como convém a um predador. Os mais frágeis, servem de repasto.
Também entendemos que o treinamento de RAC devia ter uma central de compensação. Todas as escolas entregam os dados para uma terceira central. Quando o peão for contratado, pode-se  resgatar seu treinamento e seus exames, se ainda estiverem no prazo. A economia de tempo e de recursos seria tremenda, haja visto que, o excessivo treinamento acaba expondo o trabalhador a fadiga e a reduzir a importância do mesmo. Não tem sentido, uma RAC de dois anos, ser refeita a cada 3, 6, 12 meses. E os exames médicos, para as mesmas funções, serem refeitos tantas vezes, a cada renovação de contrato ou a cada nova recontratação do trabalhador. TEMOS CONDIÇÕES DE CRIAR ESTAS CENTRAIS DE COMPENSAÇÃO E OPERA-LAS.

Portanto, voltando a consulta, perdendo o mesmo tempo que se perde no Hospital Municipal, cerca de dois dias para receber o diagnostico, após mais de 6 horas de espera, recebe uma receita para vermes e  vitaminas. E mais nada. Não se examina o intestino, não recomenda uma alimentação especifica. Não  se estuda o histórico do paciente, nada. A receita é um embuste, um chupe de medicamentos caríssimos. Após dois dias perdidos, é punido com uma compra desnecessária de 168,00. Não se pode afirmar que o médico acertou, ele chutou o diagnostico e a medicação. Com esta consulta superficial, não se tem condições de prescrever nada. Acreditamos que o paciente esteja com infecção intestinal, pois esta cagando mole, branco, tem fortes dores na barriga, esta sonolento, fraco e perdendo peso visivelmente, nestas duas semanas, perdeu cerca de 5 quilos.http://hypescience.com/10-inacreditaveis-erros-medicos/
http://hypescience.com/os-mais-pobres-tem-menos-chances-de-processarem-seus-medicos/, aqui você vê, a real razão desses médicos agirem assim  com trabalhadores e pessoas mais simples ou negras.

Levando em consideração que, mesmo em países desenvolvidos, de cada 10 óbitos, 8 é por diagnostico errado e poderia se evitar mais de 600 mil mortes, se os médicos de la, soubessem lavar as mãos direito, é uma acinte o atendimento medico de quem  produz 100 milhões de toneladas de ferro. Não se aceita como normal, não termos uma máquina sequer de hemodiálise  numa região em que se prepondera serviços de alto risco. Não se aceita, um atendimento medico tão caro e tão ruim como o servido nesta vila miserável.
Acaba prevalecendo a tese da exploração predatória. A quem importa a saúde de maranhenses e paraenses, se eles estão dispostos a vender a alma para trabalhar na mina? Então cabe acusar que a  culpa é deles, por não terem instrução, não terem sindicatos que os represente, não terem interesse mesmo em saber o que acontece com suas vidas, depois de servirem como instrumentos para aumentar a capacidade da VALE e do BRASIL em exportações, em realizar o sonho de enriquecer cada vez mais. E assim, a cidade líder de exportações do pais, amarga uma péssima qualidade de vida. Uma cidade onde os homens são simples elementos de produção mineral, enfeixados num tosco e abandonado exercito mineral de reserva. Acorde peões!