Saúde, artigo caro
Impressionante
o descaso em que vivem os peões da VALE e suas empreiteiras aqui em Parauapebas.
Este imenso exército industrial de reserva, bem como dizia Karl Marx e
Friedrich Engels, precisa ser tratado a porrete e água para jamais esquecerem a
quem deve obediência cega e por quem fizeram todas as renuncias de suas vidas.
A questão hoje é a saúde dos peões.
Tilde
esta há duas semanas cagando sem parar.
Debilitado, procura um medico do seu plano de saúde, HARPVIDA, e se dirige ao
HOSPITAL STA TEREZINHA. Tentou por dois dias ser atendido no Hospital Municipal
mas o tempo de espera, o despreparo do pessoal e a falta de materiais para os
exames o fazem desistir e procurar o médico aceito pela mineradora. Sabedor que
em nenhum caso o atendimento é grátis, pois trabalha por um salário vergonhoso
para qualquer região do Brasil de hoje, é submetido a uma bateria de exames, a
maior parte deles inúteis. A consulta inicial não dura sequer 10 minutos. O
médico, clinico geral, Sr. Leonardo Ferreira de Carvalho, não olha para
ele. Vai direto perguntando o que sente. Tira sua pressão rapidamente, e diz
que é normal um homem de 23 anos, 1,80 e 60 quilos, manter a pressão em 10x8.
Não o toca, não manda tirar a camisa, não pergunta nada. Manda fazer exames,
com o fito interesse em ganhar dinheiro com os mesmos.
Aqui
cabe uma ressalva. Para nos, como CONSULTORIA,
muito importante. Se os planos de saúde atendem as mesmas pessoas, porque não
ter uma central medica comum? Assim o histórico de saúde dos peões poderia ser
consultado em qualquer atendimento, independente do PLANO DE SAÚDE ou do
hospital. Sairia mais barato e teria um
atendimento mais profissional, todos os trabalhadores da mina de ferro. Mas
não, é cada um por si, como convém a um predador. Os mais frágeis, servem de
repasto.
Também
entendemos que o treinamento de RAC devia ter uma central de compensação. Todas
as escolas entregam os dados para uma terceira central. Quando o peão for contratado,
pode-se resgatar seu treinamento e seus
exames, se ainda estiverem no prazo. A economia de tempo e de recursos seria
tremenda, haja visto que, o excessivo treinamento acaba expondo o trabalhador a
fadiga e a reduzir a importância do mesmo. Não tem sentido, uma RAC de dois
anos, ser refeita a cada 3, 6, 12 meses. E os exames médicos, para as mesmas
funções, serem refeitos tantas vezes, a cada renovação de contrato ou a cada
nova recontratação do trabalhador. TEMOS CONDIÇÕES DE CRIAR ESTAS CENTRAIS DE
COMPENSAÇÃO E OPERA-LAS.
Portanto,
voltando a consulta, perdendo o mesmo tempo que se perde no Hospital Municipal,
cerca de dois dias para receber o diagnostico, após mais de 6 horas de espera,
recebe uma receita para vermes e
vitaminas. E mais nada. Não se examina o intestino, não recomenda uma
alimentação especifica. Não se estuda o
histórico do paciente, nada. A receita é um embuste, um chupe de medicamentos
caríssimos. Após dois dias perdidos, é punido com uma compra desnecessária de
168,00. Não se pode afirmar que o médico acertou, ele chutou o diagnostico e a
medicação. Com esta consulta superficial, não se tem condições de prescrever
nada. Acreditamos que o paciente esteja com infecção intestinal, pois esta
cagando mole, branco, tem fortes dores na barriga, esta sonolento, fraco e
perdendo peso visivelmente, nestas duas semanas, perdeu cerca de 5 quilos.http://hypescience.com/10-inacreditaveis-erros-medicos/
http://hypescience.com/os-mais-pobres-tem-menos-chances-de-processarem-seus-medicos/, aqui
você vê, a real razão desses médicos agirem assim com trabalhadores e pessoas mais simples ou
negras.
Levando
em consideração que, mesmo em países desenvolvidos, de cada 10 óbitos, 8 é por
diagnostico errado e poderia se evitar mais de 600 mil mortes, se os médicos de
la, soubessem lavar as mãos direito, é uma acinte o atendimento medico de
quem produz 100 milhões de toneladas de
ferro. Não se aceita como normal, não termos uma máquina sequer de hemodiálise numa região em que se prepondera serviços de
alto risco. Não se aceita, um atendimento medico tão caro e tão ruim como o
servido nesta vila miserável.
Acaba
prevalecendo a tese da exploração predatória. A quem importa a saúde de
maranhenses e paraenses, se eles estão dispostos a vender a alma para trabalhar
na mina? Então cabe acusar que a culpa é
deles, por não terem instrução, não terem sindicatos que os represente, não
terem interesse mesmo em saber o que acontece com suas vidas, depois de
servirem como instrumentos para aumentar a capacidade da VALE e do BRASIL em
exportações, em realizar o sonho de enriquecer cada vez mais. E assim, a cidade
líder de exportações do pais, amarga uma péssima qualidade de vida. Uma cidade
onde os homens são simples elementos de produção mineral, enfeixados num tosco
e abandonado exercito mineral de reserva. Acorde peões!