sábado, 26 de dezembro de 2015

Parauapebas abandonada

Secretaria de saúde de Parauapebas investiga possível surto de zika vírus
Foram notificados 14 casos suspeitos entre moradores da vila Sansão. Agentes encontraram larvas do mosquito Aedes aegypti na comunidade.
Do G1 PA







Uma equipe da Secretaria de Saúde de Parauapebas, no sudeste do Pará, visitou durante o final de semana a vila Sansão, na zona rural do município, para investigar um suposto surto de zika vírus entre os moradores da comunidade. Segundo a secretaria, catorze casos suspeitos foram notificados.

Pouco mais de 400 pessoas moram na vila, localizada a cerca de 60 km do centro de Parauapebas. Os agentes de endemias encontraram na área larvas do mosquito aedes aegypti, que além do zika vírus, transmite a febre chikungunya e a dengue. "É uma dor de cabeça, febre, dor no olho", conta a dona de casa Sônia dos Santos, relatando que três moradores de sua casa apresentaram os sintomas do zika vírus.
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A situação preocupa moradores como o professor Ivanir Pereira, que apresenta dores no corpo e pontos vermelhos na pele há cerca de uma semana. "Que o 'pessoal' da saúde, o secretário, autoridades maiores olhem pela nossa vila e venham fazer um levantamento de como está a saúde do povo", apela o professor.

Gestantes

De acordo com a direção da unidade de saúde da vila Sansão, seis gestantes apresentaram os sintomas da doença, das dezessete que fazem o pré-natal na unidade. Os casos já foram notificados. Outras três mulheres da comunidade que engravidaram recentemente, também já informaram ao posto que apresentaram sintomas da doença.

A dona de casa Cleudenice Mendes está no sexto mês de gestação, mas conta que apresentou os sintomas do zika vírus no início da gravidez. "Vou fazer ultrassom agora na quinta-feira (17) para saber como está a criança, saber se o cérebro está normal", diz Cleudenice, preocupada com a relação entre o vírus e os casos de microcefalia.

OMS alerta

O reforço no combate ao Aedes aegypti foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em um alerta emitido sobre o crescimento dos casos de microcefalia em regiões com a presença do zika vírus.

A OMS registrou um aumento dos casos de má formação dos cérebros dos recém-nascidos em regiões com a presença do zika vírus. Já foram confirmados casos de zika em nove países das Américas.

A organização recomentou ainda que os países aumentem a capacidade de diagnóstico e deem atenção especial às grávidas para que elas não entrem em contato com o mosquito.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Naves como pratos no ceu

Arquivos sobre OVNIs da Força Aérea dos Estados Unidos vazam na internet












Entusiastas da ufologia agora têm mais material para estudar o fenômeno OVNI - que significa Objetos Voadores Não Identificados. Os arquivos do Blue Book, projeto da Força Aérea dos Estados Unidos criado para investigar os possíveis alienígenas, foram disponibilizados em um banco de dados online sobre o assunto. Lançado em 1947 no quartel-general da Força Aérea do estado de Ohio, o estudo durou até 1969 e foi encerrado após a conclusão de que nenhuma informação relevante foi obtida.

No entanto, estudiosos de casos de possíveis aparições de ETs acreditam que os arquivos sejam “apenas a ponta do iceberg”, conforme disse John Greenwald para a CNN. A foto mostra membros da Força Aérea dos Estados Unidos durante investigação do projeto Blue Book (Reprodução: Divulgação)


Após 15 anos de estudos, o adepto da ufologia reuniu mais de 130 mil páginas de documentos relatando casos relacionados a objetos que poderiam ser extraterrestres. Esses arquivos trazem detalhes específicos sobre investigações de casos notórios no país, como o incidente de Exeter, ocorrido em setembro de 1965; o caso Kenneth Arnold, em que um piloto teria avistado nove objetos voadores não identificados em 1947; e o caso Mantell, de 1948, em que o capitão e piloto Thomas G. Mantell sofreu um acidente fatal enquanto perseguia um suposto UFO. Manchete do jornal The Exeter News-Letter de 9 de setembro de 1965, quando dois policiais afirmaram terem presenciado a aparição de um OVNI


(Reprodução: Divulgação) Até então, os documentos do Blue Book estavam acessíveis apenas pelo Arquivo Nacional de Washington, mas graças aos esforços de Greenwald agora qualquer pessoa que tiver interesse pelo tema poderá estudar os escritos oficiais do governo norte-americano. Os documentos não são sigilosos e podem ser conferidos pelo site The Black Vault, que disponibiliza gratuitamente um grande acervo sobre ufologia e potenciais aparições extraterrestres. Fonte: CNN

Matéria completa:
http://canaltech.com.br/noticia/geek/arquivos-sobre-ovnis-da-forca-aerea-dos-estados-unidos-vazam-na-internet-54643/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Porque os trabalhadores devem manter a luta

Os direitos não são conquistados dentro 

de gabinetes
O diálogo foi negado, nossos jovens aceitariam a situação com submissão e passividade? Não. Eles optaram por dar uma lição de democracia e coragem.


Esther Solano Gallego


Hoje de manhã tivemos vários protestos de alunos em São Paulo interditando vias. Num ato instintivo liguei a rádio e tudo o que escutei foram reclamações das pessoas presas no trânsito... Reclamações contra o governo que provocou esta situação crítica com sua rejeição ao diálogo? Não. Contra os adolescentes que exercem seu direito de contestar uma política autoritária.
 
A estratégia criminalizadora do governo de São Paulo sempre funciona. A opinião pública se joga contra os jovens por “instaurar o caos na cidade”. Ninguém questiona as razões e mais uma vez o responsável é eximido de responsabilização.
 
USP, Unifesp e UFABC já se posicionaram publicamente contra a reorganização porque a mesma carece dos suficientes argumentos técnicos para ser implementada. Foram ouvidos? Não. A reorganização continua.
 
Nunca é aceitável a imposição de uma política pública sem ouvir e respeitar a voz da população envolvida, ignorando reiteradamente a opinião da comunidade educativa, pais e alunos. Esse menosprezo político é contrário à democracia
 
O diálogo foi negado e esperávamos que nossos jovens acatassem a imposição do governo com submissão e passividade? Não. Eles optaram por dar uma lição de democracia e coragem. Aquela democracia que se faz na rua, na manifestação, na reivindicação e que ensina que os direitos não são conquistados dentro de gabinetes e salas refrigeradas. O estudo, a aprendizado, a cidadania se constroem dentro e fora da sala de aula.
 
A política do governo de São Paulo não dialoga com que não interessa. É uma política que nega a voz aos cidadãos, uma política que silencia. Só que os nossos adolescentes não querem ser silenciados e não permitiram mordaças. E qual foi a reposta diante dessa insistência democrática intolerável de nossos jovens? Diálogo? Não. Polícia? Sim
 
É lamentável ter de repetir o obvio, mas que continua ecoando no vazio: estamos tratando de um assunto de educação pública e não de segurança pública. Até quando vamos legitimar esta lógica policial, bélica, tratando as manifestações como problemas de segurança e não com o coração de nossa democracia que está morta e enterrada sem elas?
 
Faz três anos que estudo manifestações em São Paulo e sempre se repete o mesmo padrão. Ausência de diálogo, ausência de política, excesso de polícia. Onde estão políticos, o Ministério Público, para mediar nessa hora? Mais uma vez falta política, sobra polícia. O histórico padrão do governo de São Paulo que tantos parecem aceitar como se fosse perfeitamente natural.
 
Não é.  A democracia é diálogo, não imposição. Se o poder público nega constantemente isso, a nossa única alternativa é ocupar escolas, ruas, e lutar pelo que é nosso, o direito de falar, de participar em política, incomode a quem incomodar.
 
Esther Solano Gallego: doutora em Ciências Sociais pela Universidade Complutense de Madri e professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)