Governo diz que auxílio
emergencial não pode ser permanente
Medida é aplicada em caráter temporário para ajudar
vulneráveis
O
Ministério da Economia disse hoje (12) que o auxílio emergencial não pode ser permanente
para não comprometer a política fiscal. Segundo a nota, "as despesas
criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em
permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de
2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública".
“Sobre
as notícias de que o programa de auxílio emergencial pode ser permanente, o
Ministério da Economia esclarece que tem tomado medidas de caráter temporário
para combater os efeitos da pandemia. O compromisso com o teto de gastos dá
credibilidade e promove investimentos que criam empregos e faz com que o
governo onere cada vez menos a sociedade”, diz o texto.
Segundo
a nota, neste momento, o governo está preocupado em preservar vidas e a
atividade econômica. “Com medidas extraordinárias, foi possível socorrer os
mais vulneráveis que perderam seu sustento. Essa crise trouxe, entretanto, uma
oportunidade para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda
e desenhar propostas de melhorias. Projetos para a reativação da economia estão
em estudo e serão divulgados no momento oportuno”, finalizou o ministério.
Ontem,
o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério
da Economia, Carlos da Costa, disse que o o auxílio emergencial de R$ 600 (R$
1,2 mil para mães solteiras) poderá ser mantido após o fim da pandemia. Segundo Costa, o governo discute se o auxílio emergencial e
outras medidas de socorro deverão durar os três meses inicialmente planejados
ou se deverão ser desmontadas gradualmente, num processo de transição para um
novo modelo econômico. “Não podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora
para outra”, disse, referindo-se à possibilidade de manutenção do benefício no
segundo semestre deste ano.