quarta-feira, 20 de abril de 2016

Crise séria



Grupo Colombo reestrutura dívida de R$ 1,3 bilhão
Divulgação/Facebook oficial 


 Camisaria Colombo: Os principais credores, responsáveis por 800 milhões de reais do total, são bancos


São Paulo - O Grupo Colombo, dono da camisaria de mesmo nome, está reestruturando uma dívida de 1,3 bilhão de reais.

Os principais credores, responsáveis por 800 milhões de reais do total, são bancos como HSBC, Credit Suisse, Santander, Itaú e Banco do Brasil. O restante da dívida é com fornecedores e, portanto, pode mudar de mês a mês conforme os pagamentos forem feitos.

Ainda não há um modelo fechado para a negociação, diz Pedro Bianchi, sócio da Felsberg Advogados, escritório que está intermediando os acordos com bancos.

No entanto, a “recuperação judicial nem está na mesa agora”, diz ele. Segundo o advogado, a empresa não tem dívidas trabalhistas nem tributárias relevantes e não sofre de penhoras que comprometam a sua atividade. 

Por isso, “os bancos entendem que, nesse momento, a recuperação extrajudicial é a mais atrativa e gera menos impacto”.

Além do escritório, o Banco Plural assessora a reestruturação organizacional da empresa, pensando em cortes de equipe, mudança no organograma, novos layouts de lojas e adequação de estoques.

Queda brusca
A crise que abalou todo o varejo também derrubou as vendas da empresa. De 2014 para 2015, as receitas do grupo Colombo caíram 40%. “Ninguém esperava essa queda tão abrupta”, diz Bianchi.

Nos últimos meses, as varejistas Barred’s, de moda, Grupo Bmart de lojas de brinquedos e o grupo GEP, dono da Luigi Bertolli, pediram recuperação judicial. A justiça também decretou a falência da fabricante de eletrodomésticos Mabe.

“Os empresários do setor apostavam muito na continuidade do crescimento do Brasil, fizeram investimentos grandes, expandiram as lojas. Mas o cenário mudou muito rápido, em um ritmo que os varejistas não conseguem acompanhar”, analisa o advogado.



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Golpe sórdido





“Seria lamentável se o Brasil perdesse sua democracia com este golpe sórdido. A campanha do impeachment, descrita corretamente como golpe, é um esforço da elite brasileira tradicional para obter por outros meios aquilo que não conseguiu conquistar nas urnas nos últimos anos”, afirma Mark Weisbrot, presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa

 Mark Weisbrot, economista americano (reprodução)

Mark Weisbrot, presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa, publicou na Folha de S. Paulo um artigo sobre a tentativa de golpe no Brasil. O texto, divulgado nesta quinta-feira (14), destacou que a presidenta Dilma Rousseff não apresenta qualquer evidência de envolvimento com corrupção e que a acusação de manipulação de contas públicas não justificaria o afastamento.

Para traçar uma analogia com os Estados Unidos, quando os republicanos se negaram a elevar o teto da dívida, em 2013, a administração Obama recorreu a vários truques de contabilidade para adiar o prazo final no qual se alcançaria o limite. Ninguém se incomodou com isso”, escreveu.


O analista ressaltou ainda que a oposição força a derrubada da presidenta, eleita de forma democrática pela maioria da população. “A campanha do impeachment, que o governo descreveu corretamente como golpe, é um esforço da elite brasileira tradicional para obter por outros meios aquilo que não conseguiu conquistar nas urnas nos últimos anos”, pontuou.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Petrobras em alta



Produção de petróleo da Petrobras em fevereiro se mantém estável
  • 08/04/2016 21h05
  • Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil


 
A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil, em fevereiro, manteve o patamar do mês anterior e ficou em 2 milhões de barris por dia (bpd). Para a Petrobras, a continuidade das paradas programadas para manutenção em plataformas contribuiu para a estabilidade do volume produzido no período.

Também em fevereiro, o volume total de petróleo produzido no país, que inclui as demais empresas do setor, alcançou 2,335 milhões de bpd. O resultado representa queda de 0,8% inferior a janeiro, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A produção média de gás natural da Petrobras no país, sem incluir o volume liquefeito, atingiu 75,4 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) no mesmo mês, o que significa a alta de 1,8% na comparação com janeiro (74,1 milhões m³/dia). Pelos números da ANP, a produção total de gás no país, ficou em 97,7 milhões de m³/dia. O que representa elevação de 0,5% em relação a janeiro.

Pré-sal
A produção de petróleo operada pela Petrobras na camada pré-sal teve um resultado melhor. Apresentou crescimento de 6,2% ao atingir média diária de 874 mil barris de petróleo por dia (bpd). Em janeiro tinha sido 822 mil bpd. De acordo com a companhia no dia 13 de fevereiro foi batido novo recorde diário de produção da empresa operada naquela província. O volume chegou a 954 mil bpd.

Na produção de petróleo e gás natural operada no pré-sal, a alta ficou em 6,1%, com 1,91 milhão de  barris de óleo equivalente por dia (boe). Segundo a Petrobras, o volume é um novo recorde mensal. O anterior tinha sido em dezembro de 2015 (1,090 milhão de boed).

Conforme a companhia, a entrada em operação, em fevereiro, do navio plataforma Cidade de Maricá, instalado na área de Lula Alto, no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos foi determinante para o recorde. A unidade, do tipo FPSO (plataforma flutuante que produz, armazena e transfere óleo), tem capacidade de produzir até 150 mil bpd.

A Petrobras informou que, ainda este ano, mais dois grandes sistemas definitivos de produção estão programados para entrar em operação no pré-sal: o projeto Lula Central (FPSO Cidade de Saquarema) e o projeto Lapa (FPSO Cidade de Caraguatatuba).

No exterior

A produção de petróleo da Petrobras, também em fevereiro, no exterior alcançou 84 mil bpd. Isso significa queda de 8,4% em relação ao mês anterior quando foram produzidos 92 mil bpd. O motivo idenficado pela companhia foram as paradas para manutenção, já concluídas, das unidades de produção instaladas nos campos de Akpo, na Nigéria, e de Cascade e Chinook, nos EUA.

Ainda no exterior, a produção média de gás natural da Petrobras ficou em 16 milhões m³/d, que indica elevação de 3,5% sobre os 15,5 milhões m³/d produzidos no mês anterior. A causa, segundo a empresa foi a conclusão das operações de limpeza nas linhas de produção de Cottonwood, nos EUA, ocorrida em janeiro.
Edição: Fábio Massalli