Redação Pragmatismo Editor(a)
“Seria
lamentável se o Brasil perdesse sua democracia com este golpe sórdido. A
campanha do impeachment, descrita corretamente como golpe, é um esforço da
elite brasileira tradicional para obter por outros meios aquilo que não
conseguiu conquistar nas urnas nos últimos anos”, afirma Mark Weisbrot,
presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em
política externa
Mark Weisbrot, economista americano (reprodução)
Mark Weisbrot, presidente da Just Foreign Policy,
organização norte-americana especializada em política externa, publicou na
Folha de S. Paulo um artigo sobre a tentativa de golpe no Brasil. O texto,
divulgado nesta quinta-feira (14), destacou que a presidenta Dilma Rousseff não apresenta qualquer evidência
de envolvimento com corrupção e que a acusação de manipulação de
contas públicas não justificaria o afastamento.
“Para traçar uma analogia com
os Estados Unidos, quando os republicanos se negaram a elevar o teto da dívida,
em 2013, a administração Obama recorreu a vários truques de contabilidade para
adiar o prazo final no qual se alcançaria o limite. Ninguém se incomodou com
isso”, escreveu.
Weisbrot afirmou que o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava-Jato, lidera
uma campanha de difamação contra o ex-presidente Lula, como no caso da divulgação de grampos telefônicos
com conversas do líder petista.
Depois, o próprio magistrado precisou se
desculpar com o Supremo Tribunal Federal (STF) pela
atitude.
O analista ressaltou ainda que a oposição força a derrubada da presidenta, eleita de forma democrática pela maioria da
população. “A campanha do impeachment, que o governo descreveu
corretamente como golpe, é um esforço da elite brasileira tradicional para obter
por outros meios aquilo que não conseguiu conquistar nas urnas nos últimos anos”,
pontuou.
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