segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Comida estragada novamente. Não temos a quem recorrer



ALIMENTO ESTRAGADO












Uma cidade bilionária sem segurança alimentar e sem vigilância sanitária. Os atores políticos ainda pleiteiam reeleição.
 
VENDE-SE comida estragada e envenenada. Vende-se comida cara, batatas a preço de file mignon ou ouro. Assim é o cotidiano de Parauapebas, sul do Pará. No sopé da maior mina de ferro do mundo a cidade bilionária, ainda sem governo, permite em seu comercio toda sorte de atrocidades contra a população. Lonas amplas e centrais vendem comida estragada à-vontade: chocolates, batatas, carnes, feijão, linguiça, leite e doces.

Tudo já compramos estragado e já denunciamos. E nada. Ninguém reclama, contesta ou retruca. As vendas de alimentos estragados continua.

Nessa alta criminosa e astuta do feijão paramos com seu consumo. Na ultima compra, adquirimos este feijão das fotografias, ou este resto de feijão plantado e colhido aqui mesmo e vendido ao preço, pasmem, de R$10,45. E praticamente improprio para consumo, dada a estrema mistura com galhos, milho e pedras.

 E o odor, fortíssimo odor de defensivo agrícola, do veneno descontrolado usado nas lavouras das terras inférteis e de mineração do sudeste paraense.

Terra de gado e de minérios, praticamente não se tem produção agrícola. Cerca de oitenta por cento do consumo alimentar de Parauapebas vem do sul e outras regiões. A parca produção local é insuficiente em termos de qualidade e segurança.

E nada é feito. Estas batatas, vejam o preço e a quantidade. É chocante, na terra do agronegócio os produtos oferecidos ao consumidor terem este aspecto, qualidades, nível de contaminação e preços tão elevados.

 
Estamos abandonados no Pará. O resto da produção agrícola que chega até nós é terrível: ovos pequenos, já chegamos a comprar uma cartela inteira e encontrar dez, quinze ovos podres. Não temos a quem recorrer. Fica o prejuízo.

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